Site sobre Ederaldo Gentil

Acervo Ederaldo Gentil lança site com discografia completa, raridades e muitas informações sobre um dos grandes nomes do samba baiano

Acaba de ser lançado o Acervo Ederaldo Gentil, projeto com patrocínio do Natura Musical e do Governo do Estado, através do Fazcultura, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, que neste primeiro momento coloca no ar o site www.ederaldogentil.com.br, destinado a vida e a obra deste baiano autor de clássicos do samba como “O Ouro e a Madeira” e “De Menor”, entre outros.

No site do Acervo Ederaldo Gentil, estão disponíveis para audição na seção “Apenas a Canção” (trecho retirado de “O Ouro e a Madeira”), os três discos lançados por Ederaldo Gentil: “Samba, Canto Livre de Um Povo” (1975), “Pequenino” (1976) e “Identidade” (1984), além de um disco de raridades produzido pelo músico e sobrinho de Ederaldo, Luisão Pereira, que também é o coordenador geral e diretor artístico do Acervo.

“Hoje é um dia muito especial para todos nós que trabalhamos no Acervo Ederaldo Gentil. E é um grande sonho meu, não só como produtor, mas por fazer parte da família. E sei que a família está muito feliz com essa realização”, diz Luisão.

Discografia completa e raridades

Além dos quatro discos, que posteriormente também ganharão lançamento pela primeira vez em CD no formato box, o Acervo Ederaldo Gentil conta diversas informações sobre a vida e a obra de Ederaldo.

Na seção “Identidade” (nome da música que dá título ao disco de Ederaldo de 1984), está disponibilizada uma linha do tempo com muitos documentos e curiosidades de Ederaldo desde o seu nascimento, em 1944 em Salvador, até seu falecimento, em 2012, além de diversos registros sobre fatos da sua obra nas vozes de outros interpretes, que continuam ganhando versões, inclusive no exterior, até os dias atuais.

Na seção “Impressão Digital”, nome retirado da composição de Paulinho Diniz e Ederaldo Gentil, aparecem fotos e vídeos da carreira de Ederaldo, além de músicas gravadas por outros artistas e até mesmo duas canções inéditas do sambista, “Ritual Ilê Aiyê” e “Canto a Kunta Kinte”, em suas versões demo.

Na seção “Eu e a Viola”, nome de outra música de Ederaldo, artistas baianos como Larissa Luz tocam, ao violão, suas versões para clássicos do repertório de Ederaldo. Nos próximos meses, mais artistas baianos e nacionais também gravarão suas versões para o Acervo Ederaldo Gentil.

Por fim, na seção “Notícias”, podem ser encontradas novidades relacionadas à obra de Ederaldo Gentil, como a gravação da cantora cult portuguesa Lula Pena de duas músicas de Ederaldo em seu novo disco, até mesmo raridades como uma entrevista de Ederaldo Gentil ao radialista Perfilino Neto em 1989, além de um texto do músico e pesquisador Paquito sobre o clássico programa “mpb especial – ensaio”, da TV Cultura, gravado em 1974 com a “trindade negra do samba baiano”: Ederaldo Gentil, Batatinha e Riachão.

“Desde que produzi com J. Veloso o disco ‘Diplomacia’ (1998) de Batatinha e depois ‘Humanenochum’ (2000), de Riachão, que Luisão fala comigo dessa ideia de uma recuperação da obra do seu tio Ederaldo. Demorou, mas agora chegou. Nessa pesquisa para o Acervo Ederaldo Gentil, pude conhecer mais da música e da vida de Ederaldo, que tem uma obra muito forte. Ela transcende o tempo que foi feita”, diz Paquito, que participou do projeto do Acervo como pesquisador e com textos para o site e para o lançamento da discografia de Ederaldo em CD.

Show no TCA e outras capitais

Além do site e do lançamento nos próximos meses da discografia de Ederaldo em CD, o Acervo Ederaldo Gentil ainda contará em breve com um show no Teatro Castro Alves, em Salvador, no qual novos artistas da música brasileira farão versões de clássicos da obra de Ederaldo Gentil. Este show também deve percorrer outras capitais brasileiras após o lançamento no TCA.

“A Bahia precisa cuidar mais da nossa memória cultural. Produzir este projeto é um mergulho na história do nosso samba. Que as novas gerações possam conhecer e se relacionar mais com a obra do mestre Ederaldo”, diz Fernanda Bezerra, da Maré Produções, coordenadora de produção do Acervo Ederaldo Gentil.

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